Fala-se muito em coaching. Hoje em dia, a todo processo de desenvolvimento profissional dá-se o nome de coaching. É algo que está na moda no mundo corporativo. Mas é preciso se prontificar para entrar nesse processo de autoconhecimento e crescimento profissional e interno.
Afinal, entrar no processo de coaching e efetivamente se envolver, para obter bons resultados, significa querer fazer mudanças e transformações no seu jeito de pensar, agir, ser e estar.
Na minha experiência como coach executiva, muitas vezes recebo demandas de coaching e me deparo
com gestores que estão ali por demanda de seus superiores, pois eles sabem que alguma mudança de gestão e liderança precisa ser feita, mas não por uma demanda interna, do próprio gestor.
Isso mesmo: muitos gestores iniciam o coaching por uma demanda da organização, quer por questão de aprimoramento da liderança, de adaptação, de interação com a equipe, de resultados. E, no processo de coaching, é fundamental que a pessoa que for vivenciar o processo tenha vontade de querer mudar.
Há então, por parte do coach, que é a pessoa responsável pela condução do processo, a necessidade de fazer um primeiro movimento que é instigar no coachee, pessoa que está recebendo o coaching, a busca do seu objetivo, do que ele quer com relação a si próprio, àquele contexto ou situação. E, assim, despertar o desejo de realmente envolver-se nas transformações necessárias para atingir o seu objetivo. O coaching é efetivo para transformar o seu jeito de pensar e agir. Esta é a joia da coroa e o principal ganho desse processo.
Todo esse movimento implica em quatro atitudes cruciais do coachee:
1 – observação: observar-se e observar o contexto, o meio e as pessoas ao seu redor;
2 – questionamento: perguntar-se sobre o que observa, seus impactos, efeitos e o que quer, o que deseja;
3 – consciência: conscientizar-se de seu potencial, de suas limitações de suas ações e consequências;
4 – responsabiliz-ação: responsabilizar-se pelo seu objetivo e colocar em prática o que está sendo desenvolvido, agindo para mudar – quem quer a mudança, em primeiro lugar, é você.
O tempo do processo de coaching não pode ser muito curto, rápido. Há de se fazer uma mudança interna para dar sustentabilidade ao novo e para que a transformação seja duradoura. Caso essa mudança não seja interna, o “piloto automático”, o modo de agir e pensar nos moldes “antigos”, volta à cena e ocupa novamente o papel orientador. Não há um tempo certo, mas quem deseja mudar, deve perseguir o seu resultado. Em média, de oito a dez meses é possível fazer uma transformação, mas é necessário um monitoramento para consolidar os novos hábitos.
Há uma grande diferença entre coaching e consultoria. A terminologia coaching é usada para tudo hoje em dia: orientação é coaching, aconselhamento é coaching, treinamento é coaching e até um bate-papo virou coaching. O papel do coach é fazer provocações para desenvolver competências, promover mudanças e instigar o crescimento – e não aconselhar.
Na consultoria trabalhamos fornecendo subsídios sobre mercado, orientações técnicas, posicionamentos dentro de uma organização dentre outros tipos de suporte, com foco também em um objetivo, e com uma postura mais ativa e atuante do consultor/a.
Durante o processo de coaching, por vezes, inserimos elementos de uma consultoria, um treinamento, quando vemos que é necessário adquirir determinado conhecimento ou técnica para que o coachee efetue a transformação de forma plena, com conhecimento, técnica e atitude, atingindo assim seu resultado.
Se você deseja fazer realmente uma mudança na sua vida pessoal ou na vida profissional, pergunte-se sempre: o que desejo com essa mudança? Que impactos essa mudança terá em minha vida, nas pessoas que estão a minha volta, na minha missão na vida, no ambiente onde vivo?
É fundamental que as consequências da mudança sejam positivas e tragam coisas boas para todos os envolvidos. O coach é o profissional que está preparado e tem as ferramentas para lhe ajudar a fazer isso acontecer assertivamente.